quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Estranha forma de vida










Foi por vontade de Deus
que eu vivo nesta ansiedade.
Que todos os ais são meus,
que é toda minha a saudade.
Foi por vontade de Deus.


Que estranha forma de vida
tem este meu coração:
vive de vida perdida,
quem lhe daria o condão?
Que estranha forma de vida.


Coração independente,
coração que não comando:
vive perdido entre a gente,
teimosamente sangrando,
coração independente.


Eu não te acompanho mais:
pára, deixa de bater.
Se não sabes onde vais,
porque teimas em correr,
eu não te acompanho mais.

Amália Rodrigues

1 comentário:

  1. Pois é...que mais acrescentar a esta letra?
    Estranho é que, lendo-a ou ouvindo-a, não consigo deixar de sentir, malgré tout, que se trata de um grito de esperança, de um hino a um optimismo sereno...
    Já a ouviste cantada por Paulo Gonzo? É fantástica...também!

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