quinta-feira, 30 de abril de 2009

Eh, eh, eh!



Providência cautelar interposta por SPRC/FENPROF foi decretada!
O Ministério da Educação foi condenado, por sentença do Tribunal Administrativo e Fiscal de Coimbra (TAFC) e obrigado a abster-se de informar os Presidentes dos Conselhos Executivos (PCE) das escolas e agrupamentos que estes poderão, tendo em conta as situações concretas das suas escolas, fixar [ou não] os objectivos individuais (OI) de avaliação dos docentes que os não tenham entregado. Ou seja, tendo sido decretada definitivamente esta providência cautelar, fica ultrapassada a possibilidade de serem criadas situações de desigualdade, decorrentes de decisões tomadas de forma arbitrária, que permitiam que alguns PCE's recusassem avaliar os docentes por estes não terem proposto os seus OI. Seguir-se-á, agora, a interposição, junto do mesmo Tribunal, da acção administrativa especial.
O Secretariado Nacional da FENPROF30/04/2009

terça-feira, 28 de abril de 2009

Encruzilhada

Estou a precisar de um novo estímulo que me sacuda e me revigore...
Estou sem uma meta que me empurre e me faça ter vontade de agir...
Estou numa encruzilhada que me baralha e me faz vacilar...
Que caminho devo seguir? Que novo desafio devo escolher?
Paro? Avanço? Luto? Espero?
Tens alguma sugestão?
Pois, eu sei que compete a cada um de nós definir os caminhos que devemos percorrer e escolher as batalhas que estamos dispostos a enfrentar; contudo, há momentos na nossa vida em que ficamos sem ideias e sem vontade de decidir seja o que for.
Apetece-me somente ficar parada no silêncio, a dormir, a apanhar sol, a não fazer absolutamente NADA!

sexta-feira, 24 de abril de 2009

A racionalidade


Sou uma pessoa pouco dada a sentimentos que me transportem para uma felicidade extrema ou para uma profunda tristeza. Este meio termo acinzentado poupa-me a grandes desgostos, mas impede-me de subir às nuvens...

Provavelmente, sou uma certinha enfadonha: dificilmente conseguirei soltar as amarras da racionalidade e partir para uma loucura que comporte demasiados riscos.

Não se trata do peso da maturidade; pelo contrário. Posso dizer que o amadurecimento nos faz mais reflexivas, mais conscientes, mais introspectivas; mas mantém intocável a rebeldia e a coragem que há em nós.

Controlar as emoções é uma estratégia pessoal de sobrevivência que, usada com exagero, nos pode transportar para um campo de alienação, demasiado vazio e árido.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Pensamentos actuais

Falei-vos no outro dia do sentido da liberdade que é, para mim, um valor inextinguível...
Só tive noção disso muito recentemente quando me apercebi que as novas regras impostas são um controlo à minha liberdade individual. O facto de quererem controlar todos os meus actos através de papelada que me asfixia e me desvia a atenção e a energia daquilo que realmente interessa e que é a razão da minha profissão; faz com que uma sensação de rebeldia se instale em mim.
O princípio de que o indivíduo é malandro e incompetente e que, por isso, tem que ser vigiado em todas as suas acções, está progressivamente a instalar-se... Mas poucos parecem ter noção disso...
Talvez por isso, a alegria que me acompanhava no dia-a-dia vai desaparecendo e vai sendo substituída por um cansaço quase permanente: o tempo que eu dedicava aos meus alunos deve agora ser utilizado no preenchimento de papelada para me avaliar. Aí começa a minha rebeldia! Não vou fazer nada que me afaste daquilo que realmente me interessa: ensinar. Quanto ao resto, aos portfólios a abarrotar de inutilidades... não quero nem saber!!!
Objectivos... desde quando se podem estabelecer objectivos que implicam terceiros??? Então, eu posso controlar a vontade, o interesse, os limites dos outros?
Estou farta de directrizes parvas, obtusas e sem sentido, de quem está asfastado da realidade do ensino.
Para além disso, a convicção de que meia dúzia de pessoas pode decidir tudo sobre o futuro de um país é realmente uma ideia aterradora.

sábado, 18 de abril de 2009

O dia vestiu-se de cinzento


Passou-se uma semana de trabalho e eu estou... exausta!
Mas que desalento é este, afinal?

Hoje, nem o cinza escuro do céu está disposto a colaborar comigo para me animar. Será que me transformei na imagem do desalento, a arrastar-me de tédio e de um vazio absoluto? Mas eu não queria isso para mim.
Onde poderei procurar a energia que me deveria animar e a vontade que me deveria empurrar? Hoje, nada me ocorre... Um cansaço absoluto mantém-me numa espécie de consciência anestesiada...

Entretanto, olho o céu cinzentão e triste; e aguardo que amanhã surja uma réstia de sol que me anime e me traga a energia que me falta para seguir em frente.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Está na hora de voltar

Ai! Está na hora de voltar ao trabalho...
Por que razão sinto este aperto na garganta, esta dor no peito? Lembro-me do tempo em que me sentia entusiasmada por voltar para a escola, em preparar as minhas aulas depois de uma pausa...
Então, por que razão toda a minha alegria de começar de novo desapareceu e, no lugar dela, sinto esta ansiedade?
Gostaria que o tempo voltasse atrás, que eu continuasse sem ver, que o cansaço absoluto não me dominasse e que a minha pasta não se tivesse transformado num peso que mal consigo carregar...
Ah! É verdade! Sobrou o sorriso das minhas crianças que me afaga e que, por momentos, me faz esquecer a minha vontade de desaparecer.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Ser feliz


Tu que está aí, diz-me: sabes ser feliz? Passamos o tempo à procura da felicidade, mas nós sabemos ser felizes? Podemos aprender a sê-lo?
Ser feliz, será...
sentir um aperto de emoção no coração?
um almoço barulhento em família?
um banho de sol?
um lanchinho com as amigas?
concluir um projecto que nos exigiu horas de trabalho e sacrifício?
ouvirmos elogiar as nossas capacidades e o nosso trabalho?
dar à luz um filho desejado?
dormir uma soneca ao pé da lareira num dia de chuva?
ouvir uma história inventada por uma criança?
correr de mão dada contigo?
adormecer a pensar que nunca traí aqueles que me querem bem?
Tu que sabes, diz-me. Isto é ser feliz?

quarta-feira, 8 de abril de 2009

O sentido da liberdade

Aquilino Ribeiro disse que "o sentido da liberdade é como o fogo interior da Terra, que nunca se extingue". Pois é, sempre me senti uma cidadã livre: livre de pensar, de agir, de ir, de decidir. Hoje, sinto que o meu círculo pessoal onde me sinto totalmente livre se apertou à minha volta e continua a estreitar-se o que me causa uma sensação de asfixia dolorosa. O controlo a que estamos sujeitos (socialmente;politicamente) continua a adensar-se e tem-me causado calafrios de preocupação.
Se este stresse profissional teve algum aspecto positivo foi o de eu me conhecer melhor, o de saber que, para mim, o sentido da liberdade é um valor indispensável e do qual não estou disposta a abdicar.

Experimentando a blogosfera


"Diário em linha" é um título tão óbvio que rapidamente se entende que eu pretendo utilizar este espaço para falar de mim... da minha vida...
Serão, certamente, reflexões banais, sentimentos comuns, pensamentos ... Muitos deles relacionar-se-ão, provavelmente, com a minha profissão atendendo à turbulência em que está envolta e à forma inconformada com que encaro as mudanças atabalhoadas que vão surgindo regularmente. Pois é, sou professora!