Falei-vos no outro dia do sentido da liberdade que é, para mim, um valor inextinguível...
Só tive noção disso muito recentemente quando me apercebi que as novas regras impostas são um controlo à minha liberdade individual. O facto de quererem controlar todos os meus actos através de papelada que me asfixia e me desvia a atenção e a energia daquilo que realmente interessa e que é a razão da minha profissão; faz com que uma sensação de rebeldia se instale em mim.
O princípio de que o indivíduo é malandro e incompetente e que, por isso, tem que ser vigiado em todas as suas acções, está progressivamente a instalar-se... Mas poucos parecem ter noção disso...
Talvez por isso, a alegria que me acompanhava no dia-a-dia vai desaparecendo e vai sendo substituída por um cansaço quase permanente: o tempo que eu dedicava aos meus alunos deve agora ser utilizado no preenchimento de papelada para me avaliar. Aí começa a minha rebeldia! Não vou fazer nada que me afaste daquilo que realmente me interessa: ensinar. Quanto ao resto, aos portfólios a abarrotar de inutilidades... não quero nem saber!!!
Objectivos... desde quando se podem estabelecer objectivos que implicam terceiros??? Então, eu posso controlar a vontade, o interesse, os limites dos outros?
Estou farta de directrizes parvas, obtusas e sem sentido, de quem está asfastado da realidade do ensino.
Para além disso, a convicção de que meia dúzia de pessoas pode decidir tudo sobre o futuro de um país é realmente uma ideia aterradora.
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