A vida torce-nos, a dor transforma-nos, a esperança salva-nos...
Diário em linha
Um espaço banal vagueando solitariamente na blogosfera... À procura de dias luminosos e campos floridos.
domingo, 6 de novembro de 2011
quinta-feira, 13 de maio de 2010
Dá-me um abraço
Dá-me um abraço que seja forte
E me conforte a cada canto
Não digas nada que o nada é tanto
E eu não me importo
Dá-me um abraço fica por perto
Neste aperto tão pouco espaço
Não quero mais nada, só o silêncio
Do teu abraço
Já me perdi sem rumo certo
Já me venci pelo cansaço
E estando longe, estive tão perto
Do teu abraço
Dá-me um abraço que me desperte
E me aperte sem me apertar
Que eu já estou perto abre os teus braços
Quando eu chegar
É nesse abraço que eu descanso
Esse espaço que me sossega
E quando possas dá-me outro abraço
Só um não chega
Miguel Gameiro
E me conforte a cada canto
Não digas nada que o nada é tanto
E eu não me importo
Dá-me um abraço fica por perto
Neste aperto tão pouco espaço
Não quero mais nada, só o silêncio
Do teu abraço
Já me perdi sem rumo certo
Já me venci pelo cansaço
E estando longe, estive tão perto
Do teu abraço
Dá-me um abraço que me desperte
E me aperte sem me apertar
Que eu já estou perto abre os teus braços
Quando eu chegar
É nesse abraço que eu descanso
Esse espaço que me sossega
E quando possas dá-me outro abraço
Só um não chega
Miguel Gameiro
quarta-feira, 31 de março de 2010
Viver é cultivar cegueiras estratégicas
Do romance "Não tenhas medo do escuro" escrito por um óptimo professor do Dep. de Letras da UBI - Gabriel Magalhães:
"gostava de saber porque é que a minha vida é um absurdo. Mas não sei. É como se houvesse cortinados nos meus olhos: cortinados, reposteiros. Não consigo correr esses cortinados. Não consigo ver: ver e entender. Como acontece com quase toda a gente, os meus olhos abertos na realidade estão fechados. As pessoas põem, põem sem dar por isso, uma venda nos olhos. Eu também fiz isso. Viver é cultivar cegueiras estratégicas" (pág. 99, 100).
"gostava de saber porque é que a minha vida é um absurdo. Mas não sei. É como se houvesse cortinados nos meus olhos: cortinados, reposteiros. Não consigo correr esses cortinados. Não consigo ver: ver e entender. Como acontece com quase toda a gente, os meus olhos abertos na realidade estão fechados. As pessoas põem, põem sem dar por isso, uma venda nos olhos. Eu também fiz isso. Viver é cultivar cegueiras estratégicas" (pág. 99, 100).
sábado, 20 de março de 2010
Todo o homem é uma ilha
Não sou uma fã incondicional da obra de Saramago (daquela que conheço), mas reconheço-lhe algumas qualidades... As alegorias que inclui nas narrativas, os factos extraordinários e insólitos protagonizados pelas suas personagens fazem-nos pensar no sentido que o autor lhe pretende atribuir.
Tudo isto vem a propósito d' "O conto da ilha desconhecida"... A personagem principal pede ao rei um barco para poder procurar/encontrar a ilha desconhecida e diz: "quero encontrar a ilha desconhecida, quero saber quem sou eu quando nela estiver".
Esta personagem anónima pretende conhecer-se, andava à procura de si próprio porque "todo o homem é uma ilha".
Quanto mais observo as pessoas, mais me convenço que somos uma ilha porque, apesar de tudo, estamos sós: sós nas decisões, nas emoções, nas relações.
Sim, os outros estão connosco, interagem connosco, condicionam-nos, libertam-nos..., mas cabe a cada um de nós decidir a forma como vamos viver a nossa vida.
Aquilo que mostramos aos outros é apenas uma pequena parte do nosso ser: há aspectos que permanecem cá dentro muito resguardados, ocultos até de nós próprios.
Para nos conhecermos melhor (sei-o agora) temos que nos envolver, que agir, sentir; pois, é testando as nossas capacidades e os nossos limites que conseguimos conhecer-nos verdadeiramente. Não haverá conhecimento se não houver emoção, seja ela de que género for.
Mas nem para esta insólita personagem, essa ilha significa vivermos sós!!! Ele partiu à sua procura levando consigo uma mulher que, mal o viu, soube que queria acompanhá-lo, sem questionar o seu sonho.
Sabem, reflectindo sobre tudo isto, considero que a nossa grande procura é a do amor, a de encontramos alguém que seja a outra parte de nós.
terça-feira, 16 de março de 2010
Divagações
Há tantas coisas que gostaria de expressar neste blogue, mas há dias que ando às voltas com o texto, contudo, apago-o sempre e volto ao início.
É que há levas de pensamentos e sensações que são difíceis de expressar: porque são complexos e abundantes, porque são muito tolos, ou porque são tão íntimos que é difícil pô-los à luz do dia ainda que sob uma pequena capa.
Afinal, 40 anos de vida dão-nos algo em que pensar, nem que seja naquilo que ficou por fazer, ou no tempo que perdemos com coisas sem importância.
Garanto-vos: é uma idade lixada! Uma idade de balanços, de avaliação, de continuidades, de rupturas... Bom, pelo menos para mim. Mas eu não sou um grande exemplo porque tudo na minha vida aconteceu tarde: tudo! Por isso, sou capaz de levar uns anos de atraso em relação à maioria das pessoas.
Pasme-se, mas sinto-me bem comigo mesma: apesar dos conflitos que vão cá dentro, mas esses são crónicos. Sei, com segurança, que estou a prolongar a resolução de alguns, apesar de já saber a solução. É que há soluções que nos parecem mais complicadas que os próprios problemas.
Há outros conflitos que permanecem ainda envoltos em neblina: nem utilizando a minha racionalidade consigo defini-los completamente. Isso acontece porque os nossos sentidos e a nossa mente criam fantasias de acordo com as nossas vontades e estas podem não passar de meras ilusões. Confuso? Oh, yes!!!
quinta-feira, 11 de março de 2010
Voltava eu enfadada da minha aborrecida vidinha, quando vislumbro, no horizonte, uma bolachinha vermelha, charmosa, a enfeitar e a colorir o entardecer. Tão vermelhinha!
Aquela bolinha de fogo espalhava a sua luz entre as nuvens que assumiam tonalidades de uma beleza extraordinária!
Aquela bolinha de fogo espalhava a sua luz entre as nuvens que assumiam tonalidades de uma beleza extraordinária!
Que saudades eu tinha de ver um pôr-do-sol! E este foi mesmo digno de se ver!
sábado, 27 de fevereiro de 2010
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010
domingo, 14 de fevereiro de 2010
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
Morre lentamente quem não viaja
"Morre lentamente quem não viaja,
Quem não lê,
Quem não ouve música,
Quem destrói o seu amor-próprio,
Quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente quem se transforma escravo do hábito,
Repetindo todos os dias o mesmo trajecto,
Quem não muda as marcas no supermercado,
não arrisca vestir uma cor nova,
não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente quem evita uma paixão,
Quem prefere O "preto no branco"
E os "pontos nos is" a um turbilhão de emoções indomáveis,
Justamente as que resgatam brilho nos olhos,
Sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos.
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho,
Quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho,
Quem não se permite,
Uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da Chuva incessante,
Desistindo de um projecto antes de iniciá-lo,
não perguntando sobre um assunto que desconhece
E não respondendo quando lhe indagam o que sabe.
Evitemos a morte em doses suaves,
Recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior do que o
Simples acto de respirar.
Estejamos vivos, então!»
Pablo Neruda
Quem não lê,
Quem não ouve música,
Quem destrói o seu amor-próprio,
Quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente quem se transforma escravo do hábito,
Repetindo todos os dias o mesmo trajecto,
Quem não muda as marcas no supermercado,
não arrisca vestir uma cor nova,
não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente quem evita uma paixão,
Quem prefere O "preto no branco"
E os "pontos nos is" a um turbilhão de emoções indomáveis,
Justamente as que resgatam brilho nos olhos,
Sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos.
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho,
Quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho,
Quem não se permite,
Uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da Chuva incessante,
Desistindo de um projecto antes de iniciá-lo,
não perguntando sobre um assunto que desconhece
E não respondendo quando lhe indagam o que sabe.
Evitemos a morte em doses suaves,
Recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior do que o
Simples acto de respirar.
Estejamos vivos, então!»
Pablo Neruda
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010
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