Por norma, gosto das pessoas! Sou assumidamente um ser social que gosta de estar com os outros para conversar, dar risadas, trocar impressões, cuscar, planear... Sinto-me bem no meio dos outros!
Contudo, não consigo evitar ser muito ciosa do meu espaço e do meu canto: preciso de um espaço e de um tempo só meus.
O ser humano é um ser social que precisa dos outros em diversas vertentes, por isso, raros são os eremitas que se isolam do mundo para viver.
Apesar desta necessidade inerente à nossa espécie, o convívio entre pessoas nem sempre é pacífico.
Acho que cada um de nós se esforça por ser socialmente agradável e por ser bem visto e bem aceite pelos seus pares, mas nem isso evita o conflito. Os interesses individuais, o egoísmo (por vezes, egocentrismo), as frustrações, as desilusões, a inveja, o despeito, o cansaço fazem com que os nossos modos socialmente correctos estalem e que a eles se sobreponha a nossa vertente mais escura e desagradável.
Por estar consciente destes factos e por reconhecer em mim alguns destes defeitos (que todos apresentam em maior ou menor quantidade), sou, por norma, tolerante com os outros e raramente guardo rancores por muito tempo. Claro que isso não significa que eu não fique furiosa com algumas atitudes e não responda à altura; significa, sim, que não guardo as mágoas por muito tempo.
Acho que arrecadar as mágoas passadas é um entrave à nossa paz interior e é essa que mais valorizo na minha vida: estar de bem comigo mesma é sentir-me leve e é estar perto de ser feliz.
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